quinta-feira, 30 de junho de 2011

EXATA PRONÚNCIA

Se já deixou de comprar ou de tirar suas dúvidas com os vendedores porque não sabe a exata pronúncia de algumas palavras, eis aqui um pequeno guia com expresões do mundo dos vinhos:

Alsace: Al-ssáss

Beuajolais: Bô-jô-lé

Beaume: Bô-ne

Brut: Bru-it

Cabernet: Cabernê

Chablis: Clabli

Chardonnay: Chadoné

Châteauneuf du Pape: Chatônef du pápe

Chenin: Chenân

Domaine: Dô-me-ne

Hermitage: Er-mi-táj

Merlot: Mer-lô

Pinot Grigio: Pi-no Grí-djio

Pouilly Fuissé: Pu-i-í fu-í-ssé

Rhône: Rône

Riesling: Riz-lin

Rioja: Ri-o-rra

Rosé: Rô-sê

Valpolicella: Vál-pô-lí-tchéla

Verdelho: Ver-dê-lo

Vin de pays: Vân-dê-Pê-í

Viognier: Vi-ô-nhi-ê


Boa quinta a todos,

Daniele Pavanelli Fidelis

quarta-feira, 29 de junho de 2011

BACALHAU COM GRÃO DE BICO

Um dos nossos "carros chefes" sempre foram os pratos com bacalhaus. Hoje a receita é de um bacalhau muito saboroso e que promete entrar no nosso cardápio logo logo.

Além de gostoso é um prato com uma bela apresentação.

BACALHAU COM GRÃO DE BICO

Ingredientes:

1 kilo de bacalhau do Porto

1/2 kilo de batatinhas holandesas (batata bolinha)

2 dentes de alho

1 cebola média picada

1/2 kilo de grão de bico

1 maço de salsinha

2 folhas de louro

1 kilo de abobrinha italiana pequena

1 limão

Azeite e sal a gosto

Modo de Preparo:

Passo 1 : Dessalgue o bacalhau de maneira tradicional ( afervente por 5 minutos, limpe os espinhos e desmanche o peixe em lascas graúdas.) Cozinhe o bacalhau e reserve.

Passo 2: Salgue as batatas, junte o louro e o sal. Asse-as com casca e as achate com as mãos ( batata aos murros). Cozinhe o grão de bico, tempere com limão, sal, alho e salsinha picada.

Passo 3: Fatie as abobrinhas em rodelas e grelhe com azeite e sal. Fatie em pequenas rodelas os dentes de alho e frite os no azeite. Faça o mesmo com a cebola.

Passo 4: Monte camadas de batatas, intercalando com bacalhau, o grão de bico e as abobrinhas. Cubra com a cebola, o alho frito mais a salsinha. Regue com azeite e leve ao forno.

Rendimento: 8 porções

Este bacalhau é bem suavizado pelos seus acompanhamentos, como o grão de bico, as batatas e as abobrinhas, portanto,um vinho tinto que seja leve e ao mesmo tempo possua toque temperado é o ideal. Uma boa dica que não atrapalha nenhum sabor desta comida são os vinhos da região de Dão, em Portugal, pois são elegantes, delicados e saborosos.

Vinhos sugeridos:

Dão Messias tinto : R$ 21,50

Vinho Confidencial : R$ 19,00






Abraços,

Dani

terça-feira, 28 de junho de 2011

KIT KAT

Saiu no site http://www.epocanegocios.globo.com/ que a partir de 1° de julho de 2011, o chocolate Kit Kat estará de volta às prateleiras brasileiras. Inicialmente, o produto - que é uma bolacha waffle coberta com chocolate - será encontrado em alguns pontos de venda na região Sul e em toda a rede de supermercados Walmart e Sam´s Club, de acordo com informações da Nestlé.

A volta do chocolate faz parte da comemoração dos 90 anos da Nestlé no Brasil e 75 anos do Kit Kat no mercado internacional.

De acordo com a empresa, este produto é uma das marcas mais pedidas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor e pelas redes sociais.

Na nossa loja você já encontra esse chocolate. Vale a pena experimentá-los



sexta-feira, 24 de junho de 2011

ÁGUA

Temos no cardápio do restaurante e a disposição na loja a Água San Pellegrino e a Água Panna que são duas águas italianas do Grupo San Pellegrino. A San Pellegrino com gás natural dos alpes italianos ( Lombardia) e a Panna uma água proveniente das colinas da Toscana.

O post de hoje é sobre a importância da água quando estamos degustando um vinho, bem como ressaltar as peculiaridades destas duas águas italianas.

A água tem grande importância quando bebemos vinho, pois este tende a nos desidratar. Além do mais a água tem a função de a limpar o paladar. Beber água durante uma degustação não significa “misturar” a água e o vinho, então devemos tomar água para cada duas taças de vinho (em média) e sempre que trocar o vinho por outro, assim conseguiremos distinguir as particularidades de cada bebida.

 A questão se tomamos água com gás ou sem gás obviamente depende do gosto, e há grande divergência sobre isso, afinal, água com gás interfere mais no paladar, mas por outro lado o limpa com mais eficiencia. Recomendamos que tome água com gás apenas se for provar diversos vinhos no dia ( o que acontece normalmente nas degustações), caso contrário, opte pela água sem gás.

Em relação a água Panna e a San Pellegrino temos diversos argumentos que as defendem:

  • A Associação Internacional de Sommeliers afirma que essas são as duas melhores águas para acompanhar degustação de vinhos por suas propriedades oligomineirais que ajudam a ressaltar a característica do vinho.
  • Para o consultor enogastronômico Renato Frascino, as águas importadas em geral não têm adição de cloro, como acontece com a água da torneira, elas vêm de aquíferos localizados em áreas de preservação ambiental. Por causa das diferenças de solo, cada marca tem um equilíbrio próprio de minerais na sua composição.






Bom final de semana a todos nossos leitores, clientes e amigos,

Um beijo,

Daniele Pavanelli Fidelis



quarta-feira, 22 de junho de 2011

FILÉ AO MOLHO DE COGUMELOS


Hoje a maioria das pessoas já estão comemorando o feriadão...para aquelas prendadas fica uma receita DELICIOSA. Tomando com os vinhos sugeridos, então...
Uma proteína nesta sessão que estava em falta.

Espero que gostem :)

Filé com molho de cogumelos

Ingredientes:

2 colheres de manteiga
2/3 de xícara de azeite de oliva
500g de filé
2 xícaras de vinho tinto seco
2 xícaras de caldo de vitela
2 colheres (chá) de manteiga
100g de cogumelo champignon
100g de cogumelo shitake
100g de cogumelo paris
350g de cogumelos mistos (funghi, cogumelo selvagem, ostras, etc)
Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:

Aqueça a manteiga e as colheres de azeite em uma frigideira grande e rasa e frite os filés por 1 minuto, dos dois lados. Transfira a carne para o forno e asse por 20-25 minutos. Retire do forno e deixe descansar por 5 minutos.

Aqueça o vinho até uma leve fervura e reduza-o para 80%. Adicione o caldo de vitela e deixe até a mistura se reduzir a metade. Retire do fogo e adicione a manteiga. Apure o molho e coe em peneira.

Aqueça o azeite restante e refogue levemente todos os cogumelos até que começem a murchar.

Para servir, corte a carne em quatro, coloque cada pedaço no centro de um prato, decore com os cogumelos e espalhe o molho em volta e sobre o filé.

Rendimento: 4 porções


Vinhos sugeridos:

Sirius Bordeaux tinto - R$ 50,00

Campoleo Toscana  Merlot - R$ 85,00

Bom feriado a todos,

Daniele Pavanelli Fidelis

terça-feira, 21 de junho de 2011

HORÁRIO FERIADO E CARDÁPIO NOVO

Boa tarde pessoal,

Muitos emails e telefonemas a respeito do funcionamento do Restaurante neste feriado.

Bom, abriremos para o almoço e para a janta nesta quinta feira, dia 23/6. A loja seguirá o horário do Restaurante:

Abertura as 12h00 até as 15h00
Retornaremos as 19h00 até as 22h30

Fora isso, a novidade da semana é que reformulamos o nosso cardápio e temos 15 novidades pra vocês. Confiram só:

1) Caldo na entrada

2) Porção de bolinha de queijo

3) Brie com coulle

4) Risoto alla Giuseppi Verdi ( aspargos verdes,cogumelos pequenos, presunto crú, tomates em cubos)

5) Conchiglione com caponata (Conchiglione ao pesto siciliano com caponata crocante)

6) Due de cordeiro ao Malbec ( Cordeiro laminado ao molho de Vinho Malbec com ravióli de ricota)

7) Brasato ( Maminha cozida lentamente ao vinho tinto. Acompanha polenta cremosa italiana)

8) Costelinha siciliana ( Costelinha de porco grelhada. Acompanha risoto de limão siciliano)

9) Lombo Pavanelli ( Lombo grelhado ao molho de cerveja escura. Acompanha purê de batata doce roxa)

10) Pernil alla Mella ( Pernil grelhado ao molho de vinho. Acompanha risoto de maça verde)

11) Galeto Marroquino ( Galeto aromatizado com ervas ew vinho branco e recheado com farofa rica. Acompanha couscous marroquino)

12) Bacalhau do Chefe ( Bacalhau em postas frito com camarão, champignon, alcaparras no molho de tomate e batatas portuguesas)

13) Cumbuca Portuguesa ( Bacalhau em lascas, batata pirulito, cebola, alho e azeitonas portuguesas. Tudo isso cozido lentamente no azeite)

14) Salmão asiático ( Salmão na crosta de gergelim com molho japonês. Acompanha risoto de alho poró)

Sobremesas:

Creme brûlée (sabor tradicional e de café)

Melão ao coulie de morango

Panna Cotta ( coulis de morango ou abacaxi com hortelã)




Comemorem a chegada do inverno conosco.

Um abraço,

Daniele Pavanelli Fidelis

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Boa tarde,


Recebi um email perguntando se é verdade que vinhos servido em taças têm melhor sabor do que se fosse servido em qualquer outro lugar.

Penso que taças são importantes, mas não devem ser levadas tão a sério. Um bom vinho terá bom sabor não importa de onde você o beber. Se você só tem xícaras de café, elas vão servir.

No entanto, é bom ter um jogo de taças em casa, afinal, as taças apropriadas nos ajudam a apreciar o vinho com todos os sentidos, principalmente o visual (que vamos ser sincero...conta e muito, se isso fosse mentira a indústria da TV, cinema estaria falida...eles investem cada vez mais na boa imagem, na resolução perfeita, no jogo 3D, etc).

Mas não se preocupe em comprar taças específicas para cada estilo de vinho, uma taça universal será boa o suficiente para servir de brancos a tintos, do Champagne ao Porto.

A melhor taça do vinho é aquela que é confortável e permite preciar todos os aspectos do vinho, desde a sua cor até seu sabor e sua textura:

Algumas dicas na hora de adquirir taças:

1) Opte pelas taças simples e transparentes: O vinho é lindo, não precisa de nenhuma ajuda. Taças simples e sem enfeites são a melhor aposta. Copos e taças coloridas e cheias de detalhes são ainda mais bonitas, mas a decoração torna mais difícil ver o conteúdo do copo.

2) Ache uma taça cuja haste seja confortável para as suas mãos: As hastes têm o objetivo de manter nossas mãos longe do bojo, dessa forma não deixamos a taça com marcas de dedo e não esquentamos o vinho muito rápido e o mais importante de tudo, a haste facilita o giro, que libera os aromas do vinho.

3) Procure taças em forma de pêra, que estreitam em direção a borda: Assim comop os copos de conhaque, as taças de vinho são feitas para serem giradas sem entornar. O segredo é ter uma taça que seja mais ampla no fundo. Ela deve ser larga o suficiente para que você possa servir um volume razoável e ainda assim sobrar alguns centimetros entre a superfície do vinho e a borda do copo.

4) A sua taça deve ser ser cheia até um pouco menos da metade: O ideal é a taça não estar mais de 1/3 cheia, isso permite girar o vinho com facilidade.

Se você optar por um segundo tipo de taça, escolha uma de espumante: As taças altas e finas não só exibem as bolhas dos espumantes, mas também a mantê-las por mais tempo (uma superfície menor significa menos oportunidade das bolhas escaparem).

Taça universal

Para espumante

Um beijo e bom início de semana a todos,

Daniele Pavanelli Fidelis

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Para comemorar a chegada do inverno (que estamos sentindo há tempos), o Restaurante Pavanelli fará um almoço especial no dia 25/06/2011 (sábado) : FEIJOADA.

Como acompanhamento serviremos caldo de feijão com pimenta, arroz branco, couve refogada, banana e mandioca frita e farofa.

GARANTA A SUA VAGA MEDIANTE NOSSOS TELEFONES: (19) 3433-5929 E (19) 3433-2090

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Recebi um email muito legal...Os créditos são do site http://www.delospassos.com.br/. Achei interessante. Espero que gostem

 O seu vinho está Bouchonée?
O Bouchonée, também conhecido por "Gosto de Rolha", caracteriza-se pela ação mutante destrutiva do TCA (abreviatura química de 2, 4, 6 - tri-cloro-anisol = Tricloroanisole). O TCA é o metabolismo químico resultante da ação das moléculas do cloro em contato com o fungo armillaria mellea da rolha, que dá ao vinho um aroma desagradável de mofo, papelão molhado ou pano enxovalhado como se diz em Natal - RN.

O fungo permanece na rolha por falhas nos processos de limpeza e cloração, mas ele por si só não causa nenhum malefício ao vinho. O problema está na sua reação com algumas moléculas do cloro, gerando o TCA. Diz-se então queo vinho está Bouchonée (lê-se BU-CHO-NÊ), por ele apresentar odor e/ou gosto de rolha defeituosa (aroma de mofo).

Freqüência do Bouchonée - Apesar de polêmico o assunto, as estatísticas apontam para 5% de todos os vinhos do mundo com este problema. Algo equivalente a mais de Um Bilhão de garrafas por ano, independente da qualidade, do nível e da procedência do vinho.

Identificação do Bouchonée - Quando você perceber os aromas descritos acima: mofo ou papelão velho molhado, ofuscando os aromas frutados do vinho e seu sabor estiver demasiado amargo, desconfie. Espere 10 a 15 minutos e os aromas desagradáveis se manifestarão com mais intensidade facilitando a comprovação do problema. É que sob os efeitos do oxigênio, a ação do Bouchonée se intensifica. 

Solução para o Bouchonée - Máxima higiene no tratamento de limpeza e cloração das rolhas nas cortiçarias. Há estudos com o uso do “03” ou ozônio na esterilização das rolhas em substituição ao cloro, mas não há nada conclusivo ainda sobre seus efeitos. Até lá, toda e qualquer rolha de cortiça natural está sujeita a contaminação pela reação do TCA. O ozônio já vem sendo usado com sucesso na limpeza de barricas de madeira, tanques de inox e garrafas nas vinícolas.

A Única Solução Segura - Até que algo em teste seja efetivamente comprovado como eficaz, a saída será vedar as garrafas com rolhas sintéticas (plásticas) e screw cap, que são inodoras, estéreis e não passam nenhuma contaminação ao vinho. Para os puristas e mais tradicionais consumidores, aposentar o saca-rolhas seria uma lástima. Mas isso é um preconceito bobo e infundado, que em termos práticos é irrelevante à apreciação do vinho. Ademais os vedantes alternativos são usados apenas em vinhos ligeiros (de consumo rápido).
 
Ressalva: o Bouchonée é um problema que só afeta vinho vedados com cortiça natural.

Um abraço,

Daniele Pavanelli Fidelis

quarta-feira, 15 de junho de 2011

MASSA COM CHAMPIGNON

Hoje é quarta-feira, dia das Receitinhas e Vinhos.

 Recebi alguns emails de mulheres...e pasmem: recebi muito mais de homens que deram sugestões, modificaram a receita, opinaram outros vinhos...

Espero que gostem desta receita ambém :) Neste friozinho nada mais gostoso que esse tipo de comida.


Massa com champignon

Ingredientes:
500g de massa da sua preferência (eu indico Farfalle da marca Paganini)
100g de presunto cortado em cubos
100g de mussarela picada em cubos
2 cebolas picadas
1 vidro de champignon
2 latas de creme de leite
1 colher (sopa) de mostarda
1 colher (sopa) de ketchup
1 colher (sopa) de molho inglês
4 colheres (sopa) de azeite de oliva

Modo de fazer:
Coloque a massa para cozinhar.
Em outra panela, doure a cebola no azeite de Oliva, junte o presunto picado, refogue e logo acrescente o queijo e os temperos.
Para finalizar coloque o creme de leite e o champignon.
Sirva quente sobre a massa. Decore com salsinha.



Rendimento: 4 porções

Vinhos sugeridos:

Vinho Monte Velho branco - R$ 29,50

Vinho Alamos Viognier - R$ 28,50

Um beijo ,

Daniele Pavanelli Fidelis

terça-feira, 14 de junho de 2011

UVA VIOGNIER

Bom dia,

Tudo bem com vocês? Espero que tenham tido um ótimo feriado.

Recebi um e-mail de uma cliente que disse ter se surpreendido com a uva Viognier. Ela começou o email dizendo que não gosta de vinhos sem ser os espumantes demi sec e adocicados, mas adorou este, apesar de não ser um vinho doce. O pedido dela foi conhecer mais desta uva e saber as possíveis harmonizações.

A uva Viognier é uma casta branca que produz vinhos com aromas intensos, florais, com um bom corpo na boca e que permitem excelentes harmonizações,além de ser muito agradável para se tomar como um aperitivo. Possuem aromas de um bom Riesling, corpo e textura de um Chardonnay e são facéis de beber, como um Gewürztraminer.

Mas a Viognier não é muito conhecida e, se hoje está presente em muitos lugares, ela antigamente existia praticamente apenas na região de Condrieu, no norte do Rhône francês (contudo,especula-se que ela é orignária da Grécia ou do Sudeste da Europa) em cujo solo granítico as raízes se aprofundavam, resultando em brancos dotados de grande mineralidade.

Mesmo com essa potencialidade, a Viognier quase desapareceu. Naquela época, restaram mero cinco hectares plantados com a casta. Depois a uva foi redescoberta pelos produtores, chegou ao sul da França e a outros países. Foi na década 1990 que assumiu vocação internacional. Por sua acidez mediana, apresenta melhor suas características quando jovem.

Podemos dizer que na Austrália, África do Sul  e Califórnia os aromas dos vinhos lembram uma cesta de frutas, enquanto na França são mais contidos e sutis. No Chile e na Argentina tem originado vinhos de aromas perfumados, com um toque mineral.

Aromas:

Fruta: Limão, pêra, nectarina, ameixa-amarela,marmelo,damasco,tangerina e abacaxi.
Flores: Violeta, gardênia, acácia e cardamomo
Minerais: Pedra
Madeira: Baunilha, amêndoa e torradas
Outros: Mel, iogurte e pimenta rosa.

Harmonização:

Boas Harmonizações --> Com combinação de frutas e especiarias doces.
                                ---> Como aperitivos
                               ---> Com quase todos os queijos e embutidos em geral
                               ---> Com molhos de textura mais espessa

Nossas indicações:

Trapiche Viognier (argentino)
Alamos Viognier ( argentino)
Casa Silva Gran Reserva Lolol Viognier ( chileno).

Espero ter ajudado,

Um abraço e bom início de semana a todos os nossos leitores

Dani Pavanelli Fidelis
** COMIDA E VINHO (JOSÉ IVAN SANTOS E JOSÉ MARIA SANTANA)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

TEMPERATURA CORRETA

Recebi um email sugerindo que eu postasse a temperatura correta de servir os vinhos.

Particularmente amei a sugestão pois já falei de assuntos bem mais complexos no blog e acabei esquecendo de um dos temas mais importantes no mundo dos vinhos.

A temperatura ideal é fundamental, uma vez que afeta diretamente no sabor da bebida, afinal, o vinho muito gelado "mata" o sabor e o aroma e aquecer demais o vinho vai deixá-lo com um paladar intenso e até adocicado.

Vou iniciar comentando da temperatura correta dos vinhos tintos, depois do vinho branco e por último um marco entre as uvas e as temperaturas mais adequadas possíveis.

Os vinhos tintos devem ser servidos entre 17° C e 22° C. Sempre ouvi muito essa expressão : " vinho tinto serve em temperatura ambiente". Essa regra não é válida para o nosso país, uma vez que a temperatura ambiente do Brasil é muito diferente dos países da Europa (berço dessa expressão, onde a regra é realmente válida."Chambré é uma palavra francesa que quer dizer "temperatura ambiente")
Os vinhos brancos devem ser servidos entre 4° a 10° C, por isso, na minha opinião, é bem mais fácil servir o vinho branco na temperatura correta do que o tinto. Lembrem-se de que quanto melhor a qualidade do vinho, menos frio ele deverá ser servido. Para chegar a temperatura correta destes vinhos, escolha uma destas ópções:
1) Guarde a garrafa na geladeira por1hora e 30 minutos antes de servi-lo.
2) Coloque a garrafa inteira em imersão na água fria por 15 a 20 minutos. É mais eficiente do que geladeira, pois a água é melhor meio de resfriamento do que o ar.
3) Em caso de emergência, poderá colocar a garrafa no congelador por até 15 minutos, embora isso não seja recomendado para vinhos finos. Mantenha controle para que o vinho não congele.

Para manter o vinho branco na temperatura adequada:
Balde de Gelo --> Encha um balde com uma mistura de gelo e água fria.
Se ele não estava na temperatura correta, coloque a garrafa fechada de cabeça para baixo, dentro do balde por 2 a 3 minutos, para garantir que a garrafa seja resfriada por inteiro vire e resfrie pelo mesmo tempo.
Retorne a garrafa para posição vertical e resfrie por mais 5 minutos. Mexa periodicamente a garrafa dentro do balde, para garantir que continue resfriada por inteiro. Para servir, envolva a garrafa com um guardanapo para evitar que pingue, sirva e recoloque a garrafa no balde para mantê-la fria.

Guia de Temperaturas:
TINTOS PLENAMENTE ENCORPADOS:
Porto Safrado / Bordeaux tinto:17°C a 19°C
Barolo Barbaresco: 15°C a 17°C
Borgonha tinto/Pinot Noir: 15°C a 18°C
Cabernet Sauvignon: 16° a 18°C
Malbec: 15°C a 17°C
Tannat: 18° a 22°C

TINTOS E BRANCOS LEVES:
Borgonha branco: 12°C a 15°C
Sauvignon Blanc = 10° a 12°C
Syrah/Shiraz : 12°C a 15°C
Rioja : 10°C a  11°C
Cabernet Franc : 10°C a 12°C
Carmenere : 10°C a 12°C
Tempranillo: 10°C a 12°C
Beaujolais Noveau : 9°C a 11°C
Merlot : 10°C a 12°C

BRANCOS SECOS:
Chablis: 9° C a 10°C
Chardonnay: 8°C a 10°C
Sancerre: 7°C a 9°C
Champagne e vinho espumante: 4,5°C a 8°C

BRANCO DOCE:
Moscatel/Sauternes: 3°C a 5,5°C

** Se você tem uma adega deixe ela programada em 13°C**

É isso,

Espera que tenha ajudado :)

Um abraço,

Dani Pavanelli

quarta-feira, 8 de junho de 2011

NOVA COLUNA: RECEITINHAS & VINHOS

Atendendo a alguns pedidos, hoje começa uma "coluna" nova no blog : Receitinhas & Vinhos.

Recebo muitos emails pedindo receitas e qual o melhor vinho a servir com ela. Apesar de ter "n" artigos sobre explicações de harmonização, nem todas as pessoas curtem isso. As mais práticas preferem FAÇA ISSO E TOME COM ISSO ou PEÇA TAL PRATO E TOME  ISSO.

Quarta feira é o dia que muitas pessoas já estão se programando para um jantar especial, principalmente quando são as (os) cozinheiras (os) e anfritiãs (ões). Então, vamos para a primeira receita e vinho da nossa coluna:

Mandem sugestões e pedidos no blog por favor, para que assim eu consiga agradar a todos os leitores :)


Risoto de Funghi
Porção: 4 pessoas

Ingredientes:

45 g de funghi secchi ( de preferência o italiano, além do sabor a textura dele é muito diferente do funghi chileno)

1 cebola grande bem picadinha
1 dente de alho

2 copos (americanos) de Arbóreo ( dicas abaixo)

3 xícaras (chá) de caldo de carne fervente ( no Restaurante não usamos caldo de carne e sim "fundo", mas para uma receita caseira o caldo de carne ou caldo de cogumelos fica de bom tamanho)

1 xícara (chá) de vinho branco seco

4 colheres (sopa) de manteiga ( no Restaurante colocamos uma pitada de manteiga tartufada)

1/2 xíc. (chá) de queijo parmesão ralado


Modo de fazer:

Trinta minutos antes de iniciar o risoto, lave muito bem os funghi, retirando o máximo possível de terra. Coloque-os em uma tigela pequena e cubra com vinho tinto. Deixe repousar por 30 minutos. Ao final do tempo, retire os pedaços de cogumelo hidratados do líquido, que deverá também ser reservado. Corte os cogumelos em pedaços e reserve. Em uma panela média, aqueça 2 colheres (sopa) da manteiga e junte a cebola e o alho. Quando a cebola estiver começando a dourar, acrescente os pedacinhos de funghi e cozinhe por 2 minutos. Junte o arroz, misture bem, e deixe no fogo por mais uns três minutos. Acrescente o vinho, mexa e deixe secar um pouco. Junte o vinho de repouso dos funghi e deixe evaporar. Concha a concha e na medida em que o líquido for totalmente absorvido pelo arroz, adicione o caldo à panela, mexendo constantemente. Deixe o risoto no fogo até que o arroz esteja cozido. Se você gosta de risoto mais molinho, será necessário deixar um pouco mais no fogo.
 Desligue o fogo, acrescente o restante de manteiga, misture bem e junte o parmesão. Decore com salsinha. Sirva imediatamente.

Rendimento: 4 porções



Nossa sugestão:
Riso Inverni - É a nova marca da empresa italiana Riso Gallo S.p.A, líder na venda de arroz para risoto na Itália. Uma marca com a qualidade e tradição que somente uma empresa com 145 anos de experiência pode trazer.


Vinhos sugeridos:

Chileno: Casa Porta Reserva Merlot ( A uva Merlot combina com ingredientes de terra até melhor que a uva Cabernet Sauvignon) = R$ 37,00

Argentino: Finca Sur Malbec ( A uva Malbec tem o mesmo princípio da Merlot) = R$ 23,50


Espero que tenham gostado.

Dani Pavanelli Fidelis

terça-feira, 7 de junho de 2011

BORGONHA

A Borgonha, uma região vinífera do leste da França, a sudeste de Paris, fica praticamente empatada com Bordeaux como uma das maiores regiões da França na produção de vinhos secos não espumantes.

Ao contrário de Bordeaux, a fama da Borgonha está dividida quase que igualmente entre seus vinhos brancos e tintos, e também, ao contrário de Bordeuax, um bom Borgonha é raro, afinal, esta região produz apenas 25% da quantidade de vinhos de que Bordeuax.

Os vinhedos de Borgonha são fragmentados, os solos variam de montanha para montanha e, até mesmo do meio para o sopé da montanha, por isso é possível encontrar dois vinhedos diferentes cultivando a mesma uva, mas produzindo vinhos bastante diferentes.

A Borgonha também é uma região de vinhedos muito menores que os de Bordeaux. A Revolução Francesa, em 1789, é parcialmente culpada, afinal a nobreza da França e a igreja católica eram, antigamente as maiores proprietárias de vinhedos, e após a revolução, suas terras foram distribuídas para a população.O resultado disso foi que os poucos vinhedos grandes existentes na Borgonha têm diversos donos, com algumas famílias tendo 2 ou 3 fileiras de parreiras em um determinado vinhedo, para se ter uma idéia um vinhedo famoso de Borgonha, o Clos de Vougeot tem aproximadamente 82 donos.

O clima de Borgonha é continental e está sujeito a chuvas de granizo localizadas, que danificam as uvas e causam o apodrecimento. O solo é composto de calcário e argila, e o seu terroir é particularmente apto para as duas principais variedades de uva da região: Pinot Noir para o Borgonha tinto e Chardonnay para o Borgonha branco. Ao sul da borgonha, no distritio de Beuajolais, o solo torna-se granítico e rico em areia e argila, o que o torna bastante adequado para a uva Gamay.

A Borgonha tem 5 distritos e todos eles produzem vinhos bastante distintos. Os distritos, de norte a sul, são os seguintes:
  1. Chablis - produz apenas vinhos brancos.
  2. Cote D´Or- é o coração da Borgonha, significa saliência de ouro, é a região de onde vem todos os famosos Borgonhas tintos.
  3. Côte Chalonnaise - produz vinhos mais terrosos e rústicos e têm os melhores preços de Borgonha.
  4. Mâconnais - produz quase que integralmente vinhos brancos.
  5. Beaujolais - produz quase que exclusivamente vinhos tintos, embora Beuajolais faça parte da Borgonha, o Beaujolais é um vinho completamente diferente, pois é feito com uva Gamay e não Pinot Noir.
Caso queiram saber detalhadamente de uma dessas regiões, pode me mandar email.

Agora vamos ao mais gostoso, uma seleção dos nossos Borgonhas:

Vinho Beaujolais Village - R$ 28,00
Vinho Beaujolais Village Louis Latour - R$ 66,00
Vinho Clablis - R$ 72,50
Vinho Bourgogne Cuvee Latour - R$ 79,50

Espero que tenham gostado,

Um abraço,

Daniele Pavanelli Fidelis

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Caros clientes e amigos,


O Restaurante Pavanelli abrirá especialmente no jantar do dia 12/06 (domingo), a fim de comemorar a data mais romântica do ano : O Dia dos Namorados.

Quer um presente diferente? Surpreenda com um Vale Jantar do nosso Restaurante.

Faremos ainda reservas para os primeiros 30 casais que chegarem até as 20h00min. 
 
Garanta o seu jantar (sem ter que esperar ) pelos telefones (19) 3433-5929 e (19) 3433-2090 ou pelo nosso email.
 
 
 
 

sexta-feira, 3 de junho de 2011

BORDEAUX

Prosseguindo nossa caminhada à França, hoje o post é sobre a região de  Bordeaux.

Bordeaux é uma região vinífera do oeste da França, que recebe o nome da quarta maior cidade do país. Ela produz 26% de todo vinho e aproximadamente 83% dos vinhos Bordeaux são tintos secos, 15% da produção são brancos secos e 2% são vinhos brancos doces, como Sauternes.

Como a região de Bordeaux está situada na Costa Atlântica, ela tem um clima marítimo, com verões quentes e invernos amenos. O clima marítimo traz chuva geralmente durante a época de colheita., entretanto o clima varia de ano para ano e a característica e a qualidade das safras também variam; quando tudo dá certo, como em 1996,2000 e 2005 podem ser ótimos.

As sub regiões de Bordeuax são conhecidas por Margem Direita e por Margem Esquerda, elas se diferem na composição do solo: o cascalho predomina na Margem Esquerda e terras argilosas predominam na Margem Direita. Como resultado a uva Cabernet Sauvignon, que tem afinidade com o cascalho, é a principal variedade na Margem Esquerda, enquanto que a Merlot, que vai bem na argila, domina os vinhos de St Emillone Pomerol ( Margem Direita).

Assim sendo, os vinhos Bordeaux da Margem Direita são vinhos intródutórios melhores para um apreciador novato, pois além da uva Merlot ser mais leve, os vinhos são menos tânicos, ricos em textura e tem mais sabor de ameixas.

Nossas sugestões:

Blason Timberlay - R$ 37,50

Domaine de Cheval Blanc - R$ 35,00

Chateau Timberlay - R$ 42,50

Chateau Cru Cantemerle - R$ 72,00

Sirius Bordeaux - R$ 50,00

Sichel Bordeaux - R$ 33,50

Até a póxima,
Dani

quarta-feira, 1 de junho de 2011

PERCORRENDO A FRANÇA

O que vem a sua mente quando você ouve a palavra França?

Quando pensamos na França, pensamos em vinho. Bordeaux, Borgonha, Beuajolais, Chablis, Champagnes, Sauternes não são apenas vinhos famosos, mas também lugares.

Indiscutivelmente a França tem o maior consumo per capita de vinho do que qualquer outro grande país e é o lugar mais famoso do mundo em relação a bebida. Os motivos são justificáveis: os franceses fazem vinho há muito tempo e o terroir francês (combinação de solo e clima) é excepcional, não é a toa que quase todas as castas renomadas do mundo são francesas. Podemos dizer que a França é um país modelo, o lugar que estabelece os padrões.

A partir deste post vou iniciar uma jornada a França, falando sobre as regiões viníferas mais importantes, eventuais curiosidades e vinhos que você não pode deixar de provar.

Para isso é necessário que você entenda estes pontos:

  • A maioria dos vinhos franceses recebe nomes de lugares, não se trata de lugares arbitrários e sim locais registrados e definidos pelas normas francesas.;
  • O sistema francês de vinhos é hierárquico. Alguns vinhos têm posição maior que outros,
  • Em regra, quanto menor e mais específico é um lugar que dá nome a um vinho, mais elevado é o seu posto,
  • Só porque um vinho tem um posto elevado não significa necessariamente, que ele seja melhor que o vinho abaixo dele, significa apenas que deveria ser melhor.


Até a próxima,

Dani