segunda-feira, 30 de abril de 2012

EUA - HISTÓRIA, VINHOS E CEPAS

Boa tarde a todos,

Semana preguiçosa essa que está iniciando heim?? Afinal, além de muitos emendarem o feriado (o que não é o nosso caso), o tempo está nublado, friozinho e com uma chuva incessante.

Bom, esta semana vou aproveitar para falar do meu país preferido EUA (não necessariamente pelos vinhos, rsss), espero que gostem e que nos mandem sugestões, rótulos para desvendar, receitas americanas, etc...

Quando os conquistadores chegaram ao Novo Mundo da América em busca de ouro, os missionários espanhóis os acompanharam e planaram as primeiras vinhas, onde fica, atualmente o sul da Califórnia. Estas uvas de " Missão", como foram chamadas, ainda existem, mas as variedades nobres de uvas - Cabernet Sauvignon, Chardonnay e outras - as superaram por produzir vinhos finos da atualidade. Uma coisa que não mudou é que a Califórnia ainda é o foco do cenário vinífero americano (em breve, um post sobre ela).

Embora os EUA produzissem vinhos comercialmente no século XIX, a indústria vinífera americana começou a crescer apenas nos anos de 1970s. A proibição de 1920 a 1933, a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial foram sérios obstáculos para o negócio dos vinhos, e a recuperação foi lenta.

Hoje, os EUA, é o quarto maior país vinicultor do mundo, sendo a Califórnia responsável por 94% da produção. É o terceiro maior consumidor mundial de vinho, após a Itália e a França, mas só 8% da população responde por 80% do consumo de vinho americano.

Há cerca de 1.5000 vinícolas, porém o mercado é dominado por poucos grandes produtores (Robert Mondavi é um exemplo deles). As regiões vinícolas se dividem em mais de 100 zonas chamadas Áreas Viticultoras Americanas (AVAs). Algumas cobrem un condado inteiro, outras menos de 100ha. Diferentemente dos sistemas AOC ou DOC europeus, as AVAs são apenas designações geográficas, sem critérios qualitativos.

Os vinhos tintos tendem a ser calcados na fruta e de estilo rico, e com álcool relativamente alto em função do clima.
Os vinhos brancos, feitos de Chardonnay, são ricos e opulentos. Outros feito com a cepa Viognier, Pinot Gris e Risling geram vinhos excelentes, mas em volumes minímos.

Principais Cepas:
Cabernet Sauvignon é sem dúvida a cepa tinta mais importante da Califórnia, sendo responsável por quase 1/4 das uvas tintas do País;
Zinfandel (uva emblemática) e Merlot estão empatadas há alguns anos;
Pinot Noir fez grandes avanços na última década em regiões frias e a Syrah tem prosperado;
Chardonnay é a cepa número 1 entre as uvas brancas,




ATÉ AMANHÃ,

O BLOG NÃO PARA NO FERIADO




UM BEIJO,

DANI

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Dica do Final de Semana

Pra fechar com chave de ouro nossa semana alemã, vou dar a dica de um dos melhores vinhos brancos que eu já provei: DR .LOOSEN.

Desde o instante em que assumiu a propriedade da família, em 1987, Ernst Loosen trabalhou para aprimorar seus vinhos. A chave era melhorar a qualidade das uvas e colhê-las no momento ideal. Diferente da maioria dos produtoresde Mosel, ele promoveu ativamente seus vinhos e os da região como um todo, mas no fim dos anos 90 arrendou a vinícola J L Wolf, em Pfalz, para experimentar fazer Rieslings secos, para os quais ele não considera Mosel adequada. Sua exasperação com as complicadas leis vinícolas alemãs garantiu a Loosen poucos amigos da indústria alemã, porém seu entusiasmo e a qualidade de seus vinhos o tornaram um dos vinicultores alemães mais respeitados do mundo.

Hoje possui os vinhedos mais excepcionais do mundo, já conquistou muitos dos prêmios mais importantes do mundo do vinho: Melhor Produtor Alemão (revista Wine & Spirits, 2007); Um dos Melhores Produtores do Mundodos Últimos 25 Anos (revista Wine& Spirits, 2007); Homem do Ano (revista Decanter, 2005); Um dos 50Enólogos Mais Influentes do Mundo (revista Wine & Spirits, 2004).



Este Riesling da Dr. Loosen expressa perfeitamente as características
de elegância e raça dos íngremes vinhedos plantados em solos ricos
em ardósia do vale do rio Mosel. De cor amarelo-palha brilhante,
emana aromas muito puros de fruta cítrica, como lima e limão, flores
brancas e o clássico toque mineral. Na boca é também puro, seco,
preciso, leve, com acidez viva, sabores cítricos e delicioso final.
Nosso preço: R$ 60,00

Beijosss e bom final de semana a todos,

Daniele

quinta-feira, 26 de abril de 2012

PERGUNTA E RESPOSTA

Boa tarde povo,

Recebi alguns emails perguntando o significado das palavras Spätlese e Auselese

Vamos entender essas palavrinhas chatas:

Os melhores vinhos alemães têm em seu nome a seguinte palavrinha: Prädikat, que é uma indicação da maturidade das uvas na colheita (não confundam esta palavra como indicação de doçura do vinho, é na verdade, uma quantidade de açúcar nas uvas da colheita), estes vinhos inclusive estão no mais alto nível do sistema de vinhos do país.

A lei alemã (já tratamos dela na segunda-feira), divide os vinhos Prädikat em 6 níveis. Da menos madura à mais madura, são elas:

  • KABINETT
  • SPATLESE
  • AUSLESE
  • BEERENAUSLESE
  • EISWIEN
  • TROCKENBEERENAUSLESE
Nos 3 níveis mais altos de Prädikat, a quantidade de açúcar nas uvas é tão alta que os vinhos são, invarialmente, doces.

Entenderam?

Beijos,

Dani

Regiões Viníferas da Alemanha


Pessoal, bom dia!

Recebi um  email com dúvidas e vou dedicar o segundo post de hoje respondendo, mas agora quero dar continuidade a nossa semana temática falando das regiões viníferas.

A Alemanha tem 13 regiões - 11 no oeste e 2 na parte leste do país. As mais famosas entre estas 13 regiões são a região de Mosel-Saaer-Ruvwer, batizada assim por causa do Rio Mosel e dois de seus afluentes, onde ficam seus vinhedos; e a região de Rheingau, junto ao Rio Reno. Este rio inclusive empresta seu nome a outras três regiões viníferas da Alemanha: Rheinhessen, Pfalz (antes chamada de Rheinpfalz) e a pequena região de Mitterlrein.Vamos as regiões mais importantes.


Mosel-Saar-Ruwer

A região de Mosel-Saar-Ruwer é muito bonita, com vinhedos espalhados pelas encostas íngremes das montanhas ao longo do serpenteante Rio Mosel. Os vinhos desta região estão entre os mais leves da Alemanha (geralmente com menos  de 10% de álcool); eles são geralmente, delicados, frescos e encantadores. A uva Riesling domina a região de Mosel-Saar-Ruwer com 57% das plantações. Os vinhos desta região podem ser reconhecidos instantaneamente por virem em garrafas verdes, ao invés das garrafas marrons que as outras regiões da Alemanha usam.

Mosel abriga dezenas de excelentes fabricantes de vinho, que produzem Rieslings muito bons. Alguns de nossos favoritos incluem Dr. Loosen (nossa dica de amanhã).

Rheingau

A região de Rheingau está entre as menores da Alemanha. Ela também tem vinhedo de encostas às margens de um rio, mas aqui, o rio é o maior rio vinífero da Alemanha, o Reno. A uva Riesling ocupa mais de 80% dos vinhedos do Reno, muitos dos quais estão em encostas voltadas para o sul, dando às uvas Riesling uma vantagem na maturação. Os estilos de vinho de Rheingau tentem a dois extremos : vinhos secos de um lado e vinhos doces de colheita tardia do outro.


Rheinhessen
É a maior região vinífera da Alemanha, produzindo enormes quantidades de vinhos simples, para apreciação diária.O famoso Liebraumilch teve sua origem lá e ainda é um dos vinhos mais importantes da região em termos comerciais. Os vinhos de mais qualidade de vêm de Rheinterrasse, uma área de vinhedos que fica ao longo do rio.

Silvaner e Kerner estão entre as cepas mais plantadas de Pfalz, porém, qualitativamente, Scheurebe e Blauburgunder (Pinot Noir) são importantes.

Pfalz

Quase tão grande quanto a região acima citada, Pfalz ganhou um pouco mais de respeito dos apreciadores de vinho por seus vinhos brancos bastante ricos e espessos e também por seus tintos muito bons - e todos eles devem seu estilo ao clima relativamente quente da região Müller - Thurgau.

Nahe

Outra região alemã importante pela qualidade de seus vinhos é Nahe, que leva o nome do Rio Nahe e está situada a oeste de Rheinhessen. Os vinhos Riesling de lá são relativamente cheios e intensos.



Até daqui a pouco,

Dani

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Receita Alemã

Bom dia caros clientes e amigos,

Mais uma semana se inicia e já estamos na quarta-feira, confesso que ultimamente ando meio assustada porque o tempo está passando rápido demais, é só a gente piscar que um novo dia começa...por esta razão e muitas outras não podemos perder o nosso tão precioso tempo com bobagens...ele já está tão curto né?

Temos mais é que aproveitar o nosso tempo com coisas boas...que nos fazem bem e felizes...uma dessas coisas é comer....rs....e comer bem é lógico...esta semana estamos postando artigos da cultura Alemã e por esta razão separei uma receita deliciosa desta região para postar.

Bom, vamos a receita....

PERNIL DE VITELA


Ingredientes:

- 01 Pernil de vitela grande
- 02 limões
- 02 cebolas
- 05 dentes de alho
- 01 xícara(chá) de vinho branco ou tinto seco
- sal e pimenta do reino a gosto
- 01 cebola grande
- 02 tabletes de caldo de bacon dissolvidos em 1 litro de água
- 01 colher (sopa) de óleo
- 03 fatias de bacon
- 01 cenoura
- 01 aipo
- 01 colher (sopa) rasa de farinha de trigo
- 1/2 litro de creme de leite ácido.

Modo de preparo:

Limpar o pernil esfregando com limão. Picar a cebola, esmagar o alho e misturar o vinho, o sal e a pimenta do reino. Se quiser, acrescentar o caldo de bacon. Deixar o pernil de vitela nesta vinha d'alhos de um dia para o outro. No dia seguinte colocar o pernil numa assadeira, regar com a vinha d'alhos e com o óleo. Picar bem a cenoura e o aipo, juntar ao pernil. Prender com palitos de dentes as fatias de bacon e assar em fogo barndo, pór 02 horas. Na hora de servir, misturar a farinha de trigo e o creme de leite e despejar sobre o pernil. Levar novamente ao forno para gratinar.




Aproveitando irei deixar uma dica de vinho para acompanhar nossa receita:

==> Vinho YSERN Tannat Roble.


Um ótimo restinho de semana a todos e espero que gostem da nossa receita.

Bjos,

Luisa Pereira

terça-feira, 24 de abril de 2012

Desvendando Rótulos Alemães

Gente, choveu rótulos...mas muitos não tinhamos na loja, por isso enviei por email individualmente (com muitas dúvidas ainda assim), outros eu não sabia nem por onde começar..kkkkk

Dicas e interesses gerais:
  •  Procure a uva; os melhores vinhos são Riesling QmP, geralmente de meio-secos (Kabinett) a extremamente doces (Trockenbeerenaulese), a menos que constem as palavras Trocken ou Halbtrocken.
  • Evite vinhos QbA a menos que confie no produtor.
  • O teor alcóolico ajuda a confirmar o estilo: com menos de 12% (especialmente menos de 10,5%), espere um vinho médio a doce. Conhecer os estilos das principais regiões alemãs também é útil: os vinhos tendem a ficar mais cheios e secos do norte para o sul. O preço é bom indicador.
Vamos agora ao glossário para ajudar vocês:

Bereich: distrito dentro de uma das regiões vinícolas. Se estiver no rótulo tenha cautela, pois a qualidade pode ser baixa.

Classic: vinho razoavelmente seco e feito de uma cepa tradicional, como Riesling, Silvaner ou Rivaner. O termo foi introduzido como tentativa de facilitar o rótulo de vinhos alemães.

Einzellage: único vinhedo

Grosslage: um grupo de vinhedos

Halbtrocken: "meio seco"

Rotling: rosé

Rotwein: vinho tinto

Sekt: vinho espumante

Selection: relativo ao Classic, denota um vinho premium razoavelmente seco produzidos em quantidade limitadas. Termo raramente visto em vinhos exportados.

Trocken: seco

Ursprungslage: outro termo novo, criado para substituir Grosslage. O vinho deve ser de área designada e também estilo específico empregando as cepas registradas.

Weingut: propriedade vinícola

Weisswein: vinho branco

Ajudou??


Um beijoo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Alemanha - Legislação Vinícola

Dando continuidade as nossas semanas temáticas, falaremos durante esta da Alemanha, creio que será muito bem vinda ao blog, afinal, para um não iniciado, há poucas coisas mais enigmáticas do que um rótulo de vinho alemão - e até o melhor especialista tem dificuldade com os detalhes.

Como de costume, hoje faremos uma pequena introdução sobre o país escolhido e a seguir falaremos da Legislação Vinícola Alemã.

A Alemanha é o lar da Rielisng, cepa considerada por muitos especialistas a mais nobre das brancas; é um dos países que apresentam vasta gama de estilos de vinho, do raro, doce e sensacional Trockenbeerenauslese (que palavra é essa??rsss) ao adstringente Kabinett. Em Baden, sul da
Alemanha, reinam as cepas Pinot (Pinot Blanc e Pinot Noir). A cepa Silvaner não é muito apreciada, exceto em Franken, pois atinge um ótimo nível.

Atualmente, não podemos dizer que a Alemanha é um país participante no mercado internacional, apresenta apenas 102.000ha em produção, 9 vezes menos que a França e a Itália, além do mais, a imagem do vinho alemão ficou prejudicada devido à grande quantidade de branco adocicado medíocre exportado nas últimas décadas, não é a toa, que muitos consumidores associem "vinho alemão" à pior qualidade que o país oferece.

Voltando ao tema principal do post, um rótulo de vinho alemão tem sobrecarga de informações: cepa, grau de amadureciemento, vinhedo, vila, região, nome e endereço do produtor,além de Amtliche Prüfungsnummer (número AP, prova de que o vinho foi testatado) e grafias góticas.

Todas as áreas vitícolas são legalmente definidas e designadas como um só vinhedo (Einzellage) ou um conjunto de vinhedos (Grosslage). Diferente da França e da maior parte da Europa, esses não são classificados pela qualidade. Os vinhos é que são individualmente categorizados segundo o amadurecimento das uvas na vindima. Assim, qualquer Erinzellage pode estar no nível mais alto, Qualitätswein mit Prädikat (QmP), em uma dada safra.

Em teoria tudo bem, pois uvas mais maduras geram vinhos melhores, mas devido a brechas no sistema (como plantar cepas inferiores para atingir altos níveis de amadurecimento) 90% da produção são designadas QmP ou o nível abaixo, Qualitätswein bestimmter Anbaugebiet (QbA). A hierarquia é ambígua e desbalanceada, e garrafas de padrão mundial ganham o mesmo status de bebidas quase que intragáveis.

CLASSIFICAÇÃO ALEMÃ:

Qualitätswein mit Prädikat (QmP) : Literalmente "vinho de qualidade com características especiais", é sua classificação mais alta. Para obter esse status as uvas devem atingir um nível de amadurecimento mínímo, entre Kabinett ( o mais baixo nível de açúcar) e Trockenbeerenauslese ( o mais alto). Os valores determinados variam para cada região e cepa. A adição de açúcar durante a fermentação para aumentar o nível de álcool não é permitida nesses vinhos.

Kabinett: Exceto se rotulado como trocken ou halbtrocken, esse vinho será meio-seco.

Spätlese: Vinho de colheita tardia, normalmente de estilo médio a meio doce

Auslese: Vinho médio a doce no qual algumas uvas podem ter sido afetadas por botrítis.

Beerenauslese: Vinho doce no qual muitas uvas foram afetadas por botrítis.

Eiswein: Vinho intensamente doce feito de uvas que congelaram naturalmente na vinha, tendem a ter sabor rico e muito puro.

Trockenbeerenauslese (TBA): Vinho intensamente doce feito apenas de uvas afetadas por botrítis.

Qualitätswein bestmmter Anbaugebiet (QbA) - Segundo nível na classificação, para vinhos de qualidade feitos em uma região designada. A chaptalização é permitida.

Landwein: Vinho do país, pode proceder de qualquer 1 de 17 áreas designadas.

Deutsche Tafelwein: Categoria para vinhos de mesa feitos exclusivamente na Alemanha.

Complicado né? Por isso, espero amanhã rótulos para TENTAR ajudá-los :)


Imagem bonita para começarmos bem a semana :)

Beijoss e até amanhã,

Daniele


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dica do Final de Semana: Mateus Rose


Boa tarde,

Sexta-feira desejada essa heim?

Bom, a dica do Final de Semana é um vinho muito agradável, quase impossível de não agradar, e o melhor de tudo, tem um preço amigo.

Vamos conhecer um pouquinho desse fenômeno português, e em seguida a sua ficha técnica.

Em 1942, nos piores dias da II Guerra Mundial, quando as exportações de vinhos fortificados sofreram a maior baixa, um grupo de empresários decidiu usar as uvas excedentes para produzir um novo estilo rosé.

Arrendaram uma vinícola e pediram para usar, no rótulo de sua garrafa bojuda, a imagem do palácio barroco de um proprietário vizinho. O pico das vendas foi nos anos 80, mas ainda exporta 16 milhões de litros anuais para 130 países de 4 continentes.

País: Portugal

Região: Douro

Uvas: Baga, Rufete, Tinta Barroca e Touriga Nacional.

Cor: Rose brilhante

Aroma: Fresco e sedutor com boa intensidade aromática e toda a jovialidade dos vinhos jovens

Sabor: Meio seco, fresco, levemente frisante com um suave amargor no final

Álcool: 11%

Harmonização: Aperitivos, lanches leves, saladas verdes, frutos do mar, sobretudo lagosta e camarão, embutidos.
250ml: R$ 11,50
750ml: R$ 24,50

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chá Bar


Comemore conosco!

Dani

Áreas Vinícolas - Parte II

Boa tarde a todos,

Gostaram da receita de ontem? Espero que sim :)

Hoje vamos dar continuidade e fnalizar as principais áreas vinícolas de Portugal.

Bairrada (Norte de Portugal)

A região costeira da Bairrada DOC produz os melhores e os piores vinho de Portugal. Tudo depende dos caprichos da cepa predominante Baga. Quando plenamente amadurecida, produz tintos densos com maravilhoso caráter de frutas silvestres e capacidade de envelhecer na garrafa por anos ou décadas. Luis Pato é um dos produtores mais convincentes da região. Quando as uvas são colhidas sem amadurecer, pela ameaça de chuva , produz vinhos adstringentes e herbáceos.
Principais Uvas: Baga, Castelão, Maria Gomes e Rabo de Ovelha
Nossa Indicação: Luis Pato

De solos argilosos e arenosos, dai o nome Bairrada

Alentejo (Sul de Portugal)

Maior província de Portugal, estendendo-se do Tejo até o Algarve, cobrindo quase 1/3 do país, embora só abrigue 1/6 da população. A agricultura é vasta, e os latifúndios ocupam centenas e, por vezes, milhares de hectares. Há muito tempo a rolha é um dos produtos mais importantes da região, mas agora as planícies pouco produtivas são cortadas por longo trechos de vinhas verdes.
Os tintos dessa região supermaduros e ensolarados, de uvas carismáticas como Aragonês e Trincadeira, ganham cada vez mais mercado graças a seus sabores atraentes e fáceis. Grandes produtores como Esporão e Cartuxa produzem um grande volume de vinhos consistentes, difíceis de serem reproduzidos mais ao norte.
Bons vinhos brancos são produzidos com Antão Vaz e Roupeiro.
Principais Uvas: Trincadeira, Castelão, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Syrah, Antão Vaz, Roupeiro, Perrum.
Nossa Sugestão: Monte das Servas

Alentejo

Madeira (Sul de Portugal)
Dois inimigos mortais da maioria dos vinicultores, o calor e o ar, conspiram para transformar o madeira em um dos vinhos mais apreciados e resistentes do mundo. Graças à sua posição estratégica no Atlântico, a Ilha da Madeira tornou-se um importante porto marítimo logo após a colonização portuguesa.
Plantaram-se vinhas na ilha, e o vinho era levado nas viagens de navio, possivelmente como antídoto para o escorbuto. Descobriu-se logo que este vinho, fortificado para não estragar, assumia um caráter diferente ao ser transportado para os trópicos. No fim do século XVIII, o madeira entrou em moda nos EUA e no Reino Unido.
Atualmente os vinhos não são transportados em tonéis para os trópicos, mas ainda são aquecidos artificialmente em estufas gigantes ou em tonéis, por anos, nas temperaturas quentes características das ilha. Todos os vinhos madeira têm uma acidez viva, os mais secos podem ter estilo bem austero, mas no meio seco Verdelho e nos ricos Bual e Malvasia, a acidez ajuda a contrabalancear a doçura.
Graças ao processo de aquecimento por que passam antes do engarrafamento, os vinhos madeira são os mais longevos do mundo, e ainda depois de abertos passam meses e até anos sem deteriorar.
Principais Uvas: Tinta Negra Mole , Sercial, Verdelho, Malvasia.



Um beijo,

Dani


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bom dia a todos,

Como já de costume todas quartas - feiras postarmos alguma receita e por estarmos postando artigos da cultura portuguesa nesta semana, minha receita não poderia ser diferente.

Irei postar uma de um doce muito famoso em Portugal o "Arroz doce" , mas antes irei postar algumas curiosidades sobre o mesmo.

Curiosidades:

vocês sabiam que o arroz doce é de origem portuguesa? E que surgiu por volta do século VI a.C? O doce é antigo, mas no começo, ele tinha uma cor meio dourada, pois era comum usar melaço para adoçar. Ele só adquiriu esta cor branca, quando o açúcar refinado começou a ser utilizado. Desde então, o doce permanece exatamente da forma como nós conhecemos.

Por ser um doce de forte carga cultural, o arroz doce é utilizado em todo tipo de festa, seja ela requintada, despojada ou tradicional, como as Festas Juninas, que também tem origem portuguesa. Na verdade, em Portugal, esse doce é preparado até mesmo no Natal.

Com o passar do tempo, o arroz doce teve várias adaptações para ingrementar ainda mais seu sabor, entre elas: leite condensado, casca de limão, canela em pó, creme de leite, dentre outros e assim conquistando os mais exigentes paladares.

Vamos a receita..


ARROZ DOCE PORTUGUÊS


Ingredientes:

- 2 xícaras de (chá) de arroz cozido
- 1 pau de canela
- 1 litro de leite
- 10 gemas
- 1 lata de leite condensado
- 1/2 xicara de (chá) de açúcar

Modo de Preparo:

Coloque o arroz cozido em uma panela, acresecte o leite, o açúcar, o leite condensado e deixe esfriar um pouco, acrescente as gemas e volte a panela ao fogo para cozinhar as gemas, depois de cozido coloque em um refratário e salpique canela em pó.

Sirva gelado.



Espero que gostem.


Luisa Pereira





terça-feira, 17 de abril de 2012

Áreas Vinícolas - Parte l

Conforme postei ontem, os rótulos dos vinhos portugueses não têm complicações (de qualquer maneira, se houver dúvidas é só enviar no meu email).

Por isso, hoje vamos falar sobre as principais áreas vinícolas de Portugal (do norte do país).

Este post será dividido em dois dias pra não ficar muito cansativo:

Vinho Verde
A faixa costeira ao Norte da cidade do Porto é corretamente denominada Costa Verde. Nas terras ao lado das praias de areia branca encontram-se os vinhedos da DOC Vinho Verde, a maior do país, cobrindo todo o seu noroeste.
O Vinho Verde fica melhor com o frescor da juventude, e a maior parte é engarrafada sem indicação de safra, pois se espera que o vinho para o consumo seja da colheita do ano interior.
É predominantemente seco e levemente frisante, com pouco álcool, porém com altos niveis de acidez .
Já o vinho verde tinto é repleto de tanino e frutado.  
Principais Uvas: Loureiro, Trejadura, Padernã, Vinhão, Azal, Alvarinho
Nossa Sugestão: Casal Garcia


Região do Vinho Verde
 Vinho do Porto

Segunda maior cidade de Portugal, O Porto empresta seu nome aos vinhos fortificados mais famosos do mundo: o vinho de Porto. Os vinhedos da DOC encontram-se a cerca de 100km do litoral, em área delimitada sobre uma camada de xisto aparente, que torna solo pouco fértil e difícil de trabalhar, entretanto, as fraturas verticais de xisto permitem que as vinhas se enraízem profundamente em busca de água e nutrientes.
A região montanhosa do Douro, em Portugal, onde parreiras são cultivadas em jardins suspensos esculpidos pela mão do homem, foi a primeira região vinícola demarcada no planeta, em 1756, pelo futuro Marquês de Pombal. A região foi declarada pela Unesco patrimônio da humanidade em 2001.
O centro do comércio de portos é a cidade de Vila Nova de Gaia, no estuário do rio Douro, em frente a Porto.
Principais Uvas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinta Amarela
Nossa Sugestão: Porto Messias 10 anos.

Douro: Patrimônio da Humanidade
 Douro

O comércio de Portos ainda domina a região de Douro, porém, cada vez mais, os vinicultores voltam a sua atenção para os vinhos não forticados de qualidade, que têm sua própria denominação (DOC Douro) desde 1979. Os vinhos da Douro DOC têm o amadurecimento e concentração de um bom porto, e a região produz agora alguns dos tintos mais impressionantes de Portugal, feitos principalmente de cepas do porto. Os melhores vinhos são produzidos em quantidade pequenas, por vezes ínfimas, e têm os preços mais altos do mercado doméstico. Mas vale a pena pagar pela pureza, riqueza e intensidade de um tinto produzido com vinhas de 70 anos e baixa produção.
Principais Uvas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinta Amarela, Gouveio, Viosinho, Robigato, Malvasia Fina, Donzelinho.
Nossa Sugestão: Crasto Superior

Douro
 Dão

É a zona de transição entre os climas marítimos e continental, com campacidade de produzir vinhos excelentes. Os melhores vinhos revelam caráter floral da Touriga Nacional (uva), condimentados e eequilibrados. Em sua maioria, os vinhedos são pequenos e estão espalhados entre florestas de pinho e eucalipto.
Principais Uvas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro Preto, Jaen, Malvasia Fina e Rabo de Ovelha
Nossa Sugestão: Dão tinto

Dão



Até amanhã,

Um beijo,

Dani

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Legislação Vinícola Portuguesa


"Lindissíma vinícola em Douro"



Atendendo à pedidos, a semana temática será de Portugal, afinal, poucos países podem se vangloriar da quantidade tão fascinante e variada de vinhos. Portugal possui tantas vinhas que está entre os 10 maiores produtores do mundo.

Passou a época em que o país era reconhecido somente pelos seus vinhos fortificados; hoje possui cerca de 240.000ha de vinhas, divididos entre aproximadamente 300.000 viticultores. A produção anual é em média de 7 milhões de hectolitros, número que esconde grandes flutuações decorrentes do excêntrico clima do Atlântico.

Após a adesão à UE, em 1986, um grande número de novas reigiões vinícolas foi reconhecido, e a legislação portuguesa foi gradualmente se alinhando à de outros países europeus. Há 4 níveis de qualidade, e as DOCs e IPRs determinam as cepas, a produção máxima, e em alguns casos, o envelhecimento mínimo.

Vejam só:
Denominação de Origem Controlada (DOC): A mais importante de Portugal, os vinhos devem ser elaborados em áreas designadas e produzidos de acordo com a regulamentação local.

Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR): Categoria de vinhos com potencial para adquirir o status DOC.

Vinho Regional: vinhos regionais, produzidos em área ampla, mas legalmente definida. A categoria permite a mistura de vinhos de uma área extensa e é muito mais flexível nas uvas de cepas autorizadas.

Mais termos:

Garrafeira: indica maior qualidade, pois os vinhos são amadurecidos em tonel e na garrafa por periodos minimos antes do lançamento. As normas são mais rigorosas que as dos reservas.

Maduro: Velho

Quinta: Vinhedo ou propriedade vinícola

Reserva: Vinhos que alcançaram pelo menos mais 0,5% de álcool. Não há, como na Espanha, exigências para o amadurecimento em barril

Verde: Em geral, indica um vinho jovem

Colheita: Ano da Safra

**Os rótulos dos vinhos de Portugal não têm muito segredo, por isso, amanhã e depois, não falaremos de Rótulos e sim de algumas áreas vinícolas bem conhecidas**

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dica para o Final de Semana: Marques de Tomares Crianza

Como não poderia deixar de ser, a dica para este final de semana é espanhola.

Semana que vem, tentaremos manter "a semana temática", estou aceitando sugestões de países...


Nome do Vinho: Marques de Tomares Crianza

Produtor: Marques de Tomares
País: Espanha
Região: Rioja
Uva: Tempranillo, Mazuelo e Graciano
Álcool: 13%
Cor: Vermelho Rubi
Aroma: Frutos vermelhos, toques florais e tostados
Paladar: Muito bem constituído, sobressaindo seu retrogosto pela grande persistência
Harmonização: Carnes Vermelhas, Queijos Leve, Massas com Molhos Vermelhos.
Temperatura de Serviço: 16º a 18ºC
Nosso Preço: R$ 52,50



quinta-feira, 12 de abril de 2012

CAVAS

Cava é o espumante espanhol elaborado pelo método  tradicional desde a década de 1860.

Hoje é o vinho espumante mais vendido do mundo, depois do Champagne. A cidade de Sant Sadurni d´Anoia em Penédes, supre cerca de 90% da produção de Cava, mas o vinho não está restrito a um só local geográfico. As cepas são cultivadas por toda a Catalunha, e uvas de várias áreas podem ser misturadas desde que provenham de vinhedos denominados.

Estilos & Cepas

As principais uvas são:
Parellada que propicia corpo suave e cremoso,
Macabeo que confere amadurecimento, estrutura e complexidade,
Xarel-Io que confere amadurecimento, estrutura, complexidade .
Outras cepas permitidas são a Chardonnay (algumas Cavas são feitos só dela) e as tintas Garnacha, Monastrell, Trepat e Pinot Noir.
O Cava brut clássico tem acidez suave e cremosa, é totalmente seco, mas com fruta sutil e viva; as safras mais antigas podem ter nuanças de caça no nariz.

Minha Preferida:

Don Roman Brut

Uva: Parellada, Macabeo, Xarello (explicações acima)
Região: Penédes
Teor alcoólico: 12%
Degustação: Palha com reflexos dourados e perlage abundante, aromas de frutas citricas como pêra e abacaxi verde. Na boca possui uma grande acidez, é untuoso e tem um final cítrico e frutado persistente.
Acompanhamento: Vai bem como aperitivo ou acompanhando grandes pratos a base de carnes brancas.
Nosso Preço: R$ 44,00

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Beijosss e até amanhã,

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Receita do Dia: Sangria

Pessoal, bom dia.

Conforme o prometido, a receita de hoje é espanhola. Quem enviou foi minha mãe, a famosa Leninha do Bacalhau....rsss...

Este drink é muito propício para ser tomado neste calorzão que ainda está fazendo, e que se Deus quiser chegará ao fim logo logo.

Mais tarde, tentaremos postar empanadas espanholas que uma cliente ficou de me enviar.

Ingredientes:

1 garrafa de vinho tinto (espanhol, de preferência),
250 ml de suco de laranja,
1/2 unidade de maçã picada,
1/2 unidade de pêra picada,
Quanto baste de laranja em rodelas,
Quanto baste de açúcar.

Modo de Preparo:

Junte o vinho, o açúcar e o suco numa jarra. Mexa bem, até dissolver todo o açúcar. Acrescente as frutas e as rodelas de laranja.
Na hora de servir, junte gelo (umas 8 pedras).


Dica: Pode ser decorado com a casca de laranja (neste caso, descasque a laranja, sem partir a casca e coloque-a dentro na jarra, prendendo-a na borda)

Copo ideal: Copo de água.

terça-feira, 10 de abril de 2012

NOVIDADE: RIGATONI RECHEADO




Pessoal,

Amanhã iniciamos o Buffet de Rigatoni Recheado ao Molho Rose.

R$ 18,00 por pessoa e à vontade.

Só no Almoço Executivo e por tempo limitado :)

DECODIFICANDO RÓTULOS ESPANHOIS

Boa tarde,


Ontem a noitinha eu postei sobre a Legislação Espanhola, e como é de costume, no dia seguinte, eu espero rótulos dos nossos clientes e amigos para "desvendarmos".


Por enquanto só recebi 3 rótulos. Se no decorrer do dia, chegar mais no email, respondo individualmente, ok?

Rioja: Área vinícola localizada no Nordeste da Espanha. Só são permitidas 4 cepas provenientes de 3 sub-regiões.


Denominación di Origem Calificada: Vinhos de alta qualidade constante que consigam manter o padrão há pelo menos 10 anos.


Marqués de Tomares: Nome do vinho


Crianza: Vinho que passou pelo menos 6 meses em carvalho e 18 meses na garrafa antes de ser distribuído.


Botella nº: garrafa 


Producción limitada de:Produção limitada de...


Elaborado y engarrafado: Elaborado e engarrafado por ...Nome do Produtor.


750ml: Volume


13%: Graduação álcoolica


Notas de Degustação: Cor rubi intenso. Seus aromas se destacam pela elegância, complexidade e longa duração. Sua estrutura tânica é elegante e bem constituida, sobresaindo-se seu retro-olfato de grande persistência.


Nosso Preço: R$ 54,50






Pinord: Nome do Produtor


Chateldon: Nome do Vinho


Penedés Denominacion de Origen: Confirma que o vinho é de nível DO da região de Penedés.


Cabernet Sauvignon: Cepa escolhida para produção do vinho


Reserva: Passou pelo menos 12 meses em carvalho e 1 ano estabilizado na garrafa antes de ser distribuído.


Embotellado por Bodegas: Engarrafado pela Vinícola...


13%: Graduação alcoolica


750ml: volume


Notas de Degustação: Cor rubi, no nariz apresenta aroma de cereja e especiarias doces. Na boca é saboroso, cheio, completo com taninos suaves.


Nosso preço: R$ 70,00



Salamandra: Nome do Vinho


Vino de La Tierra: Vinhos regionais e são menos regulados que os DOs e VCIGs, e provenientes de áreas bem mais vastas.


Tempranillo: Cepa emblemática da Espanha.


Castilla y Leon: Região extensa da Espanha que produz vinhos mais básicos.


Notas de Degustação: Grande campeão de custo benefício, exaustivamente recomendado pelos especialistas. Vinho com fruta muito concentrada, um toque mentolado e aromas discretos da madeira, com boca carnuda e macia, cheia de fruta, chocolate e ligeiro tostado.
Nosso Preço: R$ 48,00




OUTRO TERMOS QUE PODEM AJUDAR:


Añejo: vinho envelhecido por pelo menos 12 meses,


Cosecha: safra


Coto: Propriedade rural


Generoso: vinho fortificado


Gran Reserva: vinho que passou pelo menos 18 meses em carvalho e 5 anos estabilizado antes de ser distribuído


Noble: vinho que foi envelhecido por pelo menos 24 meses


Viejo: vinho envelhecido por pelo menos 36 meses, de marcada oxidação




Espero que tenha ajudado,


Daniele

segunda-feira, 9 de abril de 2012

LEGISLAÇÃO VINÍCOLA ESPANHOLA

Boa noite,
Esta semana vou fazer posts temáticos, e o assunto escolhido, ou melhor, o país escolhido foi a Espanha.
Hoje falaremos sobre ela no modo geral, enfatizando a legislação vinícola espanhola, amanhã teremos a sessão “decodificando rótulos”, quarta a receita do dia espanhola, etc...
Bom, para iniciarmos cumpre falar que a Espanha é o segundo país vinicultor mais antigo da Europa Ocidental, e o vinho típico é o tinto feito da cepa Tempranillo, com sabor de morango ou framboesa e um toque de carvalho tostado, que conquistou fama internacional. Cabernet Sauvignon e Merlots frescos e acerejados estão fazendo bonito no país. Sauvignon Blanc é a cepa branca candidata ao título de clássica espanhola com vinhos frescos, vivos e cristalinos.
Bom, em relação ao nosso assunto principal, a legislação vinícola espanhola foi toda reformulada em 2003, tornando mais rígidas as categorias existentes e introduzindo duas novas: DO Pago e VCIG, vamos entender o significado de cada uma delas:
Denominación de Origen de Pago (DO Pago) -> Pequena categoria reservada aos melhores vinhos de propriedades individuais com histórico de qualidade.
Denominación de Origen Calificada (DOCa) -> Vinhos de alta qualidade constante que consigam manter o padrão há pelo menos 10 anos.
Denominación de Origen (DO) -> Indica vinhos de uma região feitos de acordo com as leis locais. A qualidade pode variar, mas o estilo deve representar sua região. Esta categoria e as duas acima são controladas pelo consejo regulador e um comitê independente.
Vino de Calidad com Indicación Geográfica (VCIG) -> Foi criado em 2003 e aplica-se a vinhos de bom desempenho que querem ser promovidos. Os vinhos podem candidatar-se a DO após o mínimo de 5 anos e são regulados pelo órgano de gestion.
Vino de La Tierra (VdIT) -> Vinhos regionais e são menos regulados que os DOs e VCIGs, e provenientes de áreas bem mais vastas.
Vino de Mesa (VdM) -> De acordo com a lei europeia, não pode indicar no rótulo a origem regional, a cepa, nem a safra.
Estas denominações (diferente dos dois países já discutidos: Itália e França) são bem seguras, já que a fiscalização é muito rígida, portanto, o nome do produtor, apesar de importante, não é o único fator para avaliarmos a qualidade do vinho.
Vinícola espanhola, na região de Ribera Del Duero




Um beijo,

Daniele

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Boa tarde queridos amigos e clientes,

Como a Dani já havia postado, cá estou eu para passar mais uma receita, durante os dias que antecedem o almoço de Páscoa já postamos algumas receitas de bacalhau, a qual irei postar agora é de uma sobremesa maravilhosa e que tem tudo haver com Páscoa.

Vamos lá:

PAVE DE UVA

Ingredientes:

01 cacho de uva itália
02 latas de leite condensado
02 latas de leite
02 colheres de amido de milho
04 gemas de ovos
02 barras de chocolate meio amargo

Modo de Fazer:

Em uma panela despeje o leite condensado e o leite, agora vem o segredo que é mexer o amido de milho nas gemas para dissolver. Feito isto, misture tudo e leve ao fogo...mexa até virar um creme.
Depois de pronto o creme despeje num refratário e leve para gelar.
Depois de frio é hora de colocar as uvas, que já estão sem sementes e cortadas ao meio....faça uma camada com a fruta sobre o creme que já esta gelado e reserve.
Derreta o chocolate em banho maria e misture com 02 (duas) colheres de leite, depois de pronto jogue por cima do creme e das uvas.


Espero que gostem!

Boa Páscoa a todos!

Luisa Pereira

Bacalhau ao Forno com Linguiça e Broas

Dia de receita. E hoje em dose dupla...Logo mais a tarde, a Luisa postará outra receita especial de Páscoa...Todas aprovadas por nós... 

Como já postamos, o bacalhau é um alimento tradicional nas mesas das famílias na Páscoa. E o que eu quero mostrar é que o prato não depende das costumeiras combinações (brócolis e batatas).

Eu prefiro manter a tradição de não comer carne vermelha ou de porco na Sexta Santa, portanto, deixem este prato para o domingo.

INGREDIENTES:

- 0,5 kg de lascas de bacalhau
- 1 linguiça portuguesa cortada em diagonal
- 1 cebola roxa grande, cortada em pétalas
- 50 ml de vinho branco seco
- ervas frescas a gosto
- 1 broa de milho média
- sal e pimenta a gosto
- 100 ml de azeite extravirgem

MODO DE PREPARO:

1) Em uma travessa refratária, coloque as lascas de bacalhau,

Receita de pascoa 02 (Foto: Flavio Moraes/G1)

2) Coloque em seguida as fatias de linguiça, deixando-as intercaladas com as lascas de bacalhau
Receita de pascoa 03 (Foto: Flavio Moraes/G1)

3) As ervas frescas e a cebola, cortada em pétalas para dar um aspecto agradável, são colocadas sobre o bacalhau e a linguiça
Receita de pascoa 04 (Foto: Flavio Moraes/G1)

4) Regue com o vinho e cubra com as broas de milho esfareladas
Receita de pascoa 05 (Foto: Flavio Moraes/G1)


5) Tempere com sal e pimenta e regue com azeite extravirgem
Receita de pascoa 06 (Foto: Flavio Moraes/G1)


6) Leve ao forno na potência média e que tenha sido pré-aquecido (180 ºC), por cerca de 20 minutos.

Finalizado, fica assim:

Receita de pascoa 08 (Foto: Flavio Moraes/G1)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Decodificando os Rótulos Franceses

Bom dia queridos clientes e amigos,
O post de ontem foi um sucesso e recebi mais de 10 rótulos de vinhos, inclusive alguns que eu nunca vi (e não tenho na loja). Selecionei os melhores (na minha opinião) para colocar no post de hoje.

Qualquer dúvida, aguardo no email :)
 


Champagne:  É a região vinícola mais ao norte da França que tem todos os elementos para criar um espumante perfeito: fresco, vivo, exalando aromas complexos, é rico e equilibrado por fina acidez.

Brut: seco

Veuve Clicquot Ponsardin: nome e produtor.

"... Fondee en 1772": Produzida desde 1772.

Notas de Degustação:  Aroma intenso e agradável, apresentando notas frutadas . Sua harmonia, seu frescor e sua notável estrutura frutada atingem plenamente o paladar.

Nosso preço: R$ 225,00


Côtes du Rhône: Região do Vale do Rhône, é extensa e por isso há variedades de estilos, desde os vinhos leves e frutados aos ricos e cheios.

Apellation Côtes du Rhône Controlée: É o nível mais alto que garante que o vinho foi produzido na área designada de acordo com as leis locais, que abrangem fatores como os limites da denominação, as cepas permitidas, tipos de vinhos, métodos de condução das vinhas, etc.

Mis en Bouteille: engarrafado na vinícola

Abel Pinchard: nome do produtor

Notas de Degustação:. De coloração rubi bem fechada, ele tem aromas florais, de frutas silvestres e baunilha. É um vinho seco, de médio corpo e bem equilibrado.

Nosso preço: R$ 24,80

Château Margaux: é o nome do produtor.

Grand vin: significa literalmente "ótimo vinho" e geralmente indica o melhor vinho da vinícola.

Mis en bouteille au château: informa que o vinho foi engarrafado na propriedade de origem, fato em geral associado a produtores preocupados com a qualidade.

Appellation Margaux Contrôlée: confirma que o vinho é oriundo e está de acordo com a lei da AOC Margaux.

Premier Grand Cru Classé: afirma que Margaux adquiriu status de grand cru na classificação de Bordeaux de 1855.

Não temos aqui na Loja.

Châteauneuf-du-Pape:É a região que produz os vinhos mais aclamados do Rhône. Este vinhedo tem mais de 3.200ha e produzem mais de 100.000hl anualmente.

2004: safra, ano em que as uvas foram colhidas

Appelation Châteauneuf-du-Pape Controlée: É o nível mais alto que garante que o vinho foi produzido na área designada de acordo com as leis locais, que abrangem fatores como os limites da denominação, as cepas permitidas, tipos de vinhos, métodos de condução das vinhas, etc.

Mis en Bouteille: engarrafado na vinícola

Abel Pinchard: nome do produtor

Notas de Degustação: Vinho potente, quente, harmonioso, com bouquet de framboesa e iodo, cor intensa, um pouco de elegância, sedoso, dá a impressão de encher a boca.

Nosso Preço: R$ 139,00

 

Bordeaux: Região vinícola mais famosa da França.

Merlot - Cabernet Sauvignon: cepas responsáveis por produzir este vinho.

Timberlay: nome do vinho.

 Notas de Degustação: Cor rubi, aroma delicado e suave de frutas vermelhas maduras. Na boca é seco, leve, com taninos delicados, equilibrado e fácil de beber.

Nosso Preço: R$ 43,00


Beijos,

Daniele


segunda-feira, 2 de abril de 2012

NOVIDADE NO ALMOÇO EXECUTIVO: BACALHAU DA LENINHA



DESVENDANDO RÓTULOS FRANCESES

Bom dia,

Recebi alguns emails pedindo uma ajudinha para entender os rótulos dos vinhos franceses.

Dei uma olhadinha na nossa estante de franceses e tentei captar o máximo de informações que as garrafas podem ofereer. Inclusive, amanhã, o post será sobre os rótulos, por isso vou esperar e-mails com as possíveis dúvidas e com os rótulos (scaneados ou do google, certo?)

Este post, bem como esse http://www.casapavanelli.blogspot.com.br/2012/03/como-ler-um-rotulo-italiano.html não têm a pretensão de esgotar qualquer assunto. A intenção é ajudar as pessoas (que ainda são a maioria) que se sentem totalmente perdidas frente a muitas garrafas, portanto, os posts são absolutamente superficiais e não abrangem as exceções, os detalhes, etc...
Agora, vamos lá:

Termos usuais:

Cave: adega

Crémant: vinho espumante que emprega o método tradicional

Cru: vinhedo

Grand Cru: vinhedo excelente

Récolte: safra

Sélection de grains nobles: tipo de vinho mais doce da Alsácia, feito de uvas afetadas por botritis

Vieilles vignes: vinhas velhas

Beaujolais: Área localizada no extremo Sul da Borgonha, a cepa tinta Gamay é responsável quase que exclusivamente pela região, gerando tintos frescos, frutados e fáceis de beber.

Chablis: Área localizada no extremo norte da Borgonha e produz exclusivamente vinho branco, muito vivo, seco e mineral. O Chablis é feito com Chardonnay cultivada em solo de argila e calcário em clima continental, conferindo austeridade.

Bourgnone Rouge: É o Borgonha tinto, feito através da instável e perfumada Pinot Noir e varia em nuança e sabor de acordo com o terroir borgonheses.

Mâconnais: Produz excelentes brancos frutados (Chardonnay) , já os tintos, resultado da Gamay são inferiores em qualidade e não podem competir com os melhores Beaujolais.

Pouilly-Fuissé: Os vinhedos ficam à beira de enormes penhascos, que ajudam capturar o calor e projetá-lo sobre as vinhas, assim as cepas Chardonnay cultivadas tendem a ser ricas e volumosas.

Côtes du Rhône: É uma região muito extensa que produz grande variedade de estilos, desde os vinhos leves e frutados aos ricos e cheios, com um adorável caratér de fruta escura. A principal cepa tinta é a Grenache , que representa 40% do plantio total.

Châteauneuf-du-Pape: É o maior vinhedo do vale do Rhône e deve seu nome à localidade que abrigou uma das residência do Papa. Produz vinhos quentes, generosos, potentes e repleto de frutas vermelhas, esse aclamado vinho tinto do Sul do Rhône reflete o clima mediterrâneo desse extenso distrito. São permitidas 13 uvas diferentes na mistura, mas é a Grenache que dá estrutura, apoiada por Syrah e Mouverdere.

Riesling alsaciano: É o rei dos vinhos brancos na Alsácia. Límpido e vívido, com buquê floral-cítrico que evolui em petróleo-mineral, é potente e encorpado.

Bordeaux: É mais do que uma região vinícola famosa, é um império do vinho. Para a maioria dos enófilos o seu forte são os vinhos tintos  e são feitos da mistura de 3 cepas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc.

Bordeaux Supérieur: É predominantemente para vinhos tintos, exige um teor alcoólico de 10% e safra máxima um pouco menor, mas o mais importante é que os vinhos só podem ser distribuídos no mês de setembro seguinte à colheita, por isso tem um pouco mais de estrutura e volume que Bordeaux normal.

Sauternes: Localizado ao Sul de Bordeaux, o clima úmido favorece o botrítis, que naturalmente concentra as uvas Semillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle, resultando um vinho branco rico, sensual, exótico, doce e opulento.

Aligoté: Recentemente melhorou-se à reputação do Aligoté, que amadurecido é refrescante, delicioso, refrescante e uma alternativa à onipresença do Chardonnay na Borgonha.

Belissíma paisagem em Bordeaux
Gostaram???

Espero que ajude a todos, principalmente a Cris e o Ronaldo que mandaram email :)

Beijos,

Daniele